Os amantes dos concursos de belezas são pessoas especiais. Curiosas, detalhistas e preocupadas com detalhes.
Lá pelos anos 60, a coisa virou moda.
As revistas “O Cruzeiro” e “Manchete” disputavam entre si quem melhor mostraria a beleza da mulher brasileira sob todos os ângulos. Era uma verdadeira coqueluche.
Conta a historia que desde o ano de 1900, eleições de uma “Miss Brasil” existiam no país de maneira não consecutiva e não oficial e sem nenhum tipo de apoio.
O interesse pelos concursos de Misses no Brasil atraía tanto a atenção como os jogos da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo. Em 1964, por exemplo, o concurso Miss Brasil foi assistido ao vivo por 50 mil espectadores, conforme a revista
Isto vinha lá dos anos 50, mais especificamente quando tudo começou.
Marta Rocha, a primeira Miss Brasil eleita em 1954, virou símbolo do padrão de beleza num certame realizado no Palácio da Quitandinha, um dos mais sofisticados locais da época construído em 1944 para ser o maior hotel cassino da América Latina. Por lá passaram Errol Flynn, Orson Welles, Lana Turner, Henry Fonda, Maurice Chevalier, Greta Garbo, Carmen Miranda, Walt Disney, Bing Crosby e além de reis e políticos como Getúlio Vargas e Evita Perón, Harry S. Truman.
O prêmio da conquista do titulo foi representar o país a beleza e elegância da mulher brasileira no concurso de Miss Universo, nos EUA, criado em 1952.
O certame em seus muitos anos de existência, sempre teve uma representante brasileira, com exceção do não de 1990, por problemas de transferência da marca.
Outras curiosidades
Sabe-se que Violeta (Bebê) Lima Castro é considerada a primeira de todas, eleita em 1900, apesar de existirem registros históricos que afirmam, inclusive, que uma francesa naturalizada brasileira tenha sido a primeira miss, ainda nos tempos do Império, em 1865.
Em concursos sem continuidade anual, outras jovens foram agraciadas com o título na primeira metade do século XX, como a santista Zezé Leone, em 1922 – que tem busto em praça pública, virou nome de música, de receita culinária e de locomotiva da Estrada de Ferro Central do Brasil. Em concurso organizado – a carioca Olga Bergamini de Sá, em 1929; a gaúcha Yolanda Pereira, em 1930; as cariocas Ieda Telles de Menezes, em 1932, Vânia Pinto (a primeira modelo profissional brasileira), em 1939, e a goiana Jussara Marques, em 1949.
• Na década de 1960, o Brasil conquistou suas duas únicas vitórias no Miss Universo, com Ieda Maria Vargas em 1963 e Martha Vasconcellos em 1968, e sua única no Miss Beleza Internacional (concurso do qual participava a terceira colocada no Miss Brasil), com Maria da Glória Carvalho em 1968.
Nesse período, o país chegou às semifinais e finais de ambos os concursos por várias vezes. Em 1971, Lúcia Petterle, Miss Guanabara, foi eleita Miss Mundo – na época, a segunda colocada no Miss Brasil disputava o Miss Mundo.
•Os maiôs Catalina, fabricados em Petrópolis, era a patrocinadora do Miss Brasil passou a ter ampla cobertura da imprensa e se tornou o segundo evento mais assistido no país, atrás apenas dos jogos da Seleção Brasileira de Futebol.
As eternas e inesquecíveis
Marta Rocha é sem dúvidas o nome mais lembrado como a eterna Miss Brasil
Mas outras misses também deixaram o nome na história das Misses, tais como Adalgisa Colombo, Teresinha Morango, Ieda Vargas, Marta Vasconcelos e sem dúvidas Vera Fisher, a única que soube utilizar todos os benefícios conquistados com o título.
Foi modelo, atriz lançando linha de produtos de beleza e até hoje aos 62 anos continua em plena forma e atuando profissionalmente.
